Este blog vive da moda em geral, desta forma de arte intemporal, que se faz e recria a si própria num acto de permanente adequação mas, ao mesmo passo, de perpétua inovação.
Uma forma de criação do espírito humano, que não se fica simplesmente nas roupas, mas também no calçado ou na joalharia.
E é desta última que se vem falar hoje. Não de toda a joalharia, nem de todos os joalheiros, mas sim de um muito especial: René Lalique.
Este que foi, certamente, um dos maiores criadores Art Nouveau nesta área, elevando-a a um nível nunca antes experienciado.
Motivos animais e vegetais são uma constante em toda a sua obra, com recurso a pedras preciosas e semipreciosas e ao vidro (ou não tivesse sido também mestre vidreiro), que se vão transfigurando em formas imprevisíveis. Tornando o onírico uma realidade tangível.
Calouste Gulbenkian percebeu o grande valor deste artista e reuniu na sua colecção uma grande quantidade de peças exemplificativas do génio de Lalique.
Podem ser hoje vistas no museu Gulbenkian, num remate à sua exposição permanente, e prometem não sair da memória por um longo período de tempo.
Por: David Silva Revés
Esqueçamos as matrafonas, os carros alegóricos, as escolas de samba e as sátiras à sociedade que se fazem nos desfiles carnavescos portugueses. Pensemos então em máscaras, mascarilhas, em dourado, em preto, em jóias e em tecidos consistentes e em fatos comprimdos.
Junte-se 18 dias, glamour, pompa, excentricidade, beleza, gôndolas...et voilá: Carnaval de Veneza!
Escondidas atrás de maravilhosas e tradicionais máscaras, as pessoas desfilam em elaborados fatos, de pormenores bastante trabalhados, com bordados ricos, rendas maravilhosas e tecidos luxuosos.
O Carnaval veneziano é uma celebração mística, com um toque de esoterismo, enaltecendo a luxúria e o mistério. É um apurado sentido de gosto na escolha dos trajes, e a preocupação de manter a tradição que torna mais mágica (se é que é possível) a cidade dos canais e gôndolas.
Este ano, as comemorações começaram dia 4 e terminarão dia 21. Sob o lema LA VITTA È TEATRO. TUTTI IN MASCHERA (a Vida é um Teatro, é tempo para se mascarar)Veneza tem um vasto programa de actividades que inclui espectáculos de teatro, recitais, concertos, concursos de máscaras entre outros.
un po 'd'amore
Antigamente em Veneza o Carnaval era uma oportunidade para cortejar as mulheres e encontrar novos amores. Os homens atiravam ovos perfumados, cheios de água de rosas, às casas das eleitas, mas também aos espectadores, às damas da sua preferência e aos maridos destas.
Qualquer informação estará disponivel no site oficial do Carnaval de Veneza: http://www.carnevale.venezia.it/
P.S.-Desculpem fugir ao tema "moda em Lisboa", mas quis dar destaque ao que acontece em Itália por estes dias...é um abiente demasiado bonito para não ser relembrado, e para além disso atrevo-me a dizer que todos os figurinos, desde máscaras, vestidos e jóias assim como o próprio cenário de Veneza não podem sem dissociados da palavra Moda.
Por Catarina Gonzaga