A criadora portuguesa que vive à quase dez anos em Londres apresentou a sua colecção no Portugal Fashion, depois de a ter apresentado em Kuala Lumpur, Malásia, que conta com o apoio do Portugal Fashion, prosseguindo «a estratégia de promoção internacional da moda portuguesa».
No espaço Bloom, Susana Bettencourt anunciou um trabalho baseado nas malhas e nas rendas tradicionais.
Uma mulher descontraída marcou o desfile, mas sem nunca perder a elegância e a sensualidade feminina.
Esta foi uma linha com cores que irão tornar o próximo Inverno muito divertido e alegre.
A estilista propôs assim uma colecção em que predominam os vestidos e sais, em cores que vão desde o azul, ao preto, ao castanho, com acabamentos em branco, vermelho e dourados.
Por: Daniela Santos
(Imagens: Portugal Fashion)
No Porto foi Jordann Santos quem inaugurou o espaço Bloom. Num espectáculo que nos transportou para um universo medieval, o estilista deu a conhecer as suas propostas para a próxima estação.
“La Hire”, caracterizou-se como uma colecção extremamente vincada pela utilização de diferentes texturas. As peças surgiam com tecidos que variavam entre brocados de seda, napas, malhas, sarjas e algodões.
As cores predominantes foram o preto, o verde, o azul, o castanho e khaki.
As silhuetas aparecem bastante estruturadas, com linhas exactas e formas fortes. As saias compridas com um corte singular tornam-se a peça chave da apresentação.
A mulher é representada como uma guerreira que não esquece o seu lado mais sensível e feminino. O vigor das formas é ultrapassado pela sofisticação dos detalhes.
Fernando Lopes e Hugo Veiga tiveram as honras de abertura do terceiro dia do Portugal
Fashion no Porto.
O desporto esteve na base da inspiração para a colecção da dupla que assina a marca LiV.
Através de uma linha completamente jovem, a dupla conseguiu conjugar a feminilidade e a força conjuntamente com novos jogos gráficos.
“La Hire” contou com cores como o preto, azul, nude e amarelos que davam uma vivacidade extraordinária aos looks.
Por: Daniela Santos
(Fotos: Arara Pintada)
A calçada portuguesa nunca teve tanto destaque. Depois das apresentações efectuadas em Paris e Lisboa, Luís Buchinho, agora na cidade invicta, apresenta uma derivante da sua mais recente colecção de inverno. Numa exibição completamente dedicada às malhas o estilista presenteou-nos com peças que apelam ao conforto feminino.
A sala, repleta de uma luz branca intensa que enfatizava o tom cinzento predominante, nomeadamente dos pilares de pedra que a sustentavam, seria a que daria lugar aos desfiles correspondentes ao espaço Bloom. Foi Luís Buchinho quem a inaugurou com a sua colecção knitwear. As peças não fugiram ao que já tinha sido apresentado. O tema foi a calçada portuguesa, que desta vez surge com menos padrões invocando desta forma uma espécie de simplicidade. As silhuetas estruturadas e geométricas mantiveram-se bem como os tons escuros de azul, verde e rosa. Em declarações à revista Vogue portuguesa, Luís Buchinho refere que “é uma colecção muito mais gráfica, mais limpa, com muito mais cor, mas acima de tudo, é uma linha na qual procuro imprimir algum conforto à sofisticação".
O ambiente entusiasmante de toda a cena deveu-se não tanto ao espaço ou à colecção mas sim à junção de ambos com o que podemos chamar de “escolha musical acertada”. “Look Me In The Eye Sister” dos Groove Armada e “Under your Spell”, música que fez parte da banda sonora do recente filme “Drive”, fizeram as delícias de quem assistia ao desfile.
Neste primeiro dia de Portugal Fashion o designer formado pela Academia de Moda do Porto, Júlio Tocarto mostra uma colecção direccionada para o público masculino inspirada num poema de Alberto Caeiro.
A inspiração vinda deste heterónimo de Fernando Pessoa resultou num retrato da natureza admirada por Caeiro com fatos tradicionais de três botões e de trespasse reinventados para o homem moderno e urbano, camisas com aplicações em pele,malhas tingidas que retomam a memória das folhas de Outono e calças que variam entre o slim e o baggy. As cores preto, cinza, azul e verde floresta foram as escolhidas para a colecção
Porque,
"Antes o vôo da ave, que passa e não deixa rasto,
Que a passagem do animal, que fica lembrada no chão.
A ave passa e esquece, e assim deve ser.
O animal, onde já não está e por isso de nada serve,
Mostra que já esteve, o que não serve para nada.
A recordação é uma traição à Natureza,
Porque a Natureza de ontem não é Natureza.
O que foi não é nada, e lembrar é não ver.
Passa, ave, passa, e ensina-me a passar! "
Catarina Gonzaga
Hugo Costa surpreendeu-nos com a sua colecção, inspirada nos "indígenas nativos americanos".
O estilista masculino apresentou neste primeiro dia do Portugal Fashion uma linha marcada pela elegância, que colocou em alta toda beleza e encanto masculinos.
O estilo antigo regressa em força com uma forma actualizadas.
Este foi um desfile que ficou marcado com a utilização de calças justas, perfazendo uma silhueta mais longilínea, conjuntamente com a utilização de peças mais largas, que criavam um look descontraído.
A golas e as camisas com padrão voltam em força, utilizando tecidos como lãs, caxemiras e algodões. O estilista apostou também nos ornamentos das camisas. Em relação as cores, predominaram os laranjas, preto, vermelho e cor tijolo.
Texto: Daniela Santos
Fotografia: Raquel Rebelo
Andreia Lexim apresentou hoje as suas propostas para o próximo Outono/Inverno 2013. No Land´s Man é o nome da colecção que a estilista levou a esta edição do Portugal Fashion.
Inspirada na ideia de um povo livre esta colecção pauta por linhas fluídas e descontrídas, usando materiais que vão desde as malhas, às sarjas, à seda e até mesmo o algodão.
A ideia de uma tribo urbana que se move entre cidades à procura de melhores condições de vida traz de novo uso de turbantes e de vestidos compridos, que segundo a estilista: "são um mix de influências Ocidente-Médio Oriente".
A designer usou uma paleta de cores que vai de encontro às propostas já mostradas, como o negro, beje, castanho e azul.
Texto: Daniela Santos
Fotografia: Raquel Rebelo
O Portugal Fashion teve, pela primeira vez em 30 edições, lugar em Lisboa. O primeiro dia de desfiles começou no último piso do MUDE onde jovens criadores apresentaram as suas propostas para o outono/inverno 2012/2013.
Coube ao designer João Pedro Estelita Mendonça abrir a passerelle apresentando uma colecção que reflecte a imagem do homem do mundo, "que sem preconceitos absorve as tradições e os costumes dos lugares por onde passa". Não se tratou de uma combinação de trajes tradicionais mas sim uma fusão de ideias vindas de vários pontos do globo.
O conforto é uma das palavras que melhor descrevem esta colecção conseguida com materiais 100% lã, fazendas tradicionais e reciclagem de algumas peças; nas cores podemos ver tons escuros como o preto, azul escuro e cinzento que se sobrepunham ao salmão, em algumas combinações e também tons terras.